O que é Calor de Hidratação?
As reações nas primeiras horas são atrasadas pela adição de gesso ao cimento, permitindo assim uma adequada aplicação aos produtos finais, argamassas e concretos por exemplo.
As variáveis que contribuem para uma menor liberação de calor, são cimentos com maior teor de adições e menores teor de C3A (aluminato de cálcio).
Esse calor de hidratação do cimento, aonde pode impactar?
Na aplicação de concreto, a liberação de calor da hidratação do cimento é quase imperceptível quando se trata de concretagem que pequenos elementos, como laje, calçadas e pisos de pequenas espessuras, ocorrendo rápida dissipação do calor para o ambiente. Por outro lado, quando ocorre concretagem de elementos de grandes dimensões, como vigas de transição e blocos de fundação, a dissipação do calor praticamente não ocorre e com isso existe um acumulo do calor liberado pela hidratação do cimento.
O que fazer para evitar problemas na concretagem de grandes elementos estruturais?
1 – Diminuir a temperatura de lançamento do concreto, para isso pode-se adicionar gelo ao concreto ou aplicar nitrogênio líquido. A utilização de agregados umedecidos pode ajudar a diminuir a temperatura do concreto;
2 – Utilizar um tipo de cimento ou combinação cimento + adições adequados, aonde as adições, seja no cimento ou no concreto, ajudam a minimizar a liberação de calor;
3 – Planejar as etapas de concretagem, aonde a tecnologia do concreto permite desenvolver traços para concretagem em vários dias sem formação de juntas. Cuidados após a concretagem, como manter as formas e a cura prolongadas também são muito importantes para evitar que o concreto tenha temperatura muito diferente entre a superfície e o “miolo”, o que poderia gerar tensão de dilatação térmica e consequente fissuração do concreto.
Vale ressaltar a importância do estudo preliminar tanto dos materiais e traços a serem utilizados, como planejamento da concretagem, envolvendo o fornecedor de concreto, projetista, executor da obra e corpo técnico capacitado.